O futuro da Peralba

Os nossos planos estão sendo finalizados e negociados entre os executivos e os sócios, e entre os sócios e os nossos parceiros, na Holanda.

Esses são os nossos planos:

Com uma média de entre 112 e 127 containers por ano e venda média entre €42.000,00 a €50.000,00 por container, o volume de negócios está tornando-se interessante… e lucrativo!
O futuro é promissor!!!

Mas como pretendemos atingir esses objetivos futuros? Mantendo-nos focados em seis linhas de ação:

  • Dar prioridade ao Limão, sem esquecer o Café
  • Obter uma produtividade média global no pomar de Limão de NÃO MENOS que 25 toneladas por hectare (>50 sacas no café)
  • Focar na qualidade e fertilidade do pomar para ter CONSTANTEMENTE uma taxa de utilização NÃO INFERIOR a 76% desde 2017, com objetivo de 82% em 2018
  • Manter os custos fixos em NÃO SUPERIORES a 26%
  • Adotar práticas gerencias baseadas nas propostas pelo GlobalGAP e consolidar e refinar as técnicas de agricultura de precisão
  • Apostar nos líderes que cresceram na casa ao longo desses anos

Foco no Limão e atenção ao Café

Tivemos que aceitar que a produção, beneficiamento, exportação e distribuição na Europa do Limão é a prioridade principal da Peralba. Se inicialmente o projeto começou como um experimento para ‘encher’ áreas não produtivas e assim proteger a mata, 10 anos depois essa lavoura se tornou o carro-chefe da fazenda e um negócio de grande potencial e retornos atraentes. Teremos que enfrentar muitos desafios para frente, mas agora estamos em grau de preveni-los, avaliá-los e reagir com segurança.

As plantas são fortes e sadias, entendemos as características do microclima, sabemos o que a terra precisa para produzir e estamos apoiados por técnicos com grande experiência que complementam a do nosso gerente geral: é proceder com cuidado e firmeza. Isso vale também para o café.

Apesar de contribuir muito menos para os resultados financeiros, essa lavoura teve o nosso cuidado esse ano: adotamos uma poda drástica que reduzirá a colheita do próximo ano, mas vai nos permitir voltar aos patamares de 2011 e mesmo superá-los: a nossa meta são 60 sacas por hectare em 2018. Aqui também é só trabalhar bem, e se a seca voltar, dessa vez estaremos preparados.

As outras lavouras (piaçava, seringa, cação, eucalipto) também receberão atenção e serão mantidas, mas a condição é que elas não desviem nossas prioridades.

Produtividade

Chegamos a 19 toneladas de limão por hectare em 2015 e atingiremos a meta de 26 tons em 2016, com uma certa facilidade (objetivos conservadores). Mas pretendemos nos surpreender com os resultados do próximo ano, certamente com a entrada em produção plena da Peralba Sucupira, estaremos bem acima dos 35 projetados… e 35 já é um ótimo número para nós, mas 40/50 é bem melhor.

Ao mesmo tempo já iniciamos um programa de replantio, 5.000 no próximo ano, e 3.000/5.000 a cada ano seguinte. Isso significa que estaremos mantendo o pomar sempre num estado de renovação e produção plena.

No café pretendemos chegar, no mínimo, aos mesmos níveis de 2011, quando colhemos 48 sacas de grão verde por hectare. Em 2015 fizemos uma poda drástica e provavelmente em 2016 não teremos grandes resultados, mas de 2017 em diante não será menor que 60 sacas por hectare.
As outras lavouras provavelmente continuarão aos níveis atuais, mas isso não fará diferença para nós.

Taxa de utilização

Um fator chave para a lucratividade do empreendimento é a Taxa de Utilização, a relação entre a quantidade total de fruta produzida e a quantidade de fruta embalada para exportação, avaliada como boa quando chegar na Holanda. Em outras palavras, essa taxa é uma combinação de um planejamento e trabalho de campo cuidadoso, práticas culturais precisas e com intervenções cirúrgicas e instantâneas, colheitas e manuseio da fruta rápida e delicada, processos no packing precisos e ‘perfeitos’: a cada passo precisamos manter os cuidados e a experiência que acumulamos até hoje!

Nos últimos três anos a nossa taxa subiu à medida que adotamos práticas de gestão e de manuseio da plantação mais e mais adequadas, e a nossa experiência aumentou. Hoje estamos trabalhando com não menos que 73% de utilização, mas isso não é aceitável ou aceito por nós, e inclui os nossos trabalhadores, não só os gerentes! 82% é a nossa meta coletiva.

Custos

Os custos são e serão ainda mais controlados. Esse é um dos elementos-chave da nossa estratégia empresarial nos próximos anos: manter os custos fixos em baixo de 26%. Além disso ser uma prática atraente e universal, se outro el Nino acontecer, agora que teremos plantas maduras e bem cuidadas, seremos capazes de minimizar os impactos financeiros causados por eventos dessa natureza, se a nossa produção for afetada.

Práticas gerencias e agronomia de precisão

Com quatro anos de certificação GlobalGAP, podemos dizer que nós introduzimos e adaptamos com sucesso as práticas recomendadas… aliás, em inúmeras esferas, as superamos!
Chegou a momento de sofisticar os processos com técnicas de agricultura de precisão. Já introduzimos vários procedimentos usando essas tecnologias, mas sempre os deixamos em segundo plano focando na solução de eventos mais urgentes ou imediatos. Vamos revisitar essas técnicas e aprimorá-las:

Uso de drones na identificação de pestes ou necessidades de alimentos ou água para as plantas. Já usamos drones para mapear partes da plantação e produzir um mosaico de várias quadras com câmeras multiespectrais. Os resultados foram surpreendentes, mas são necessárias maior disciplina e estrutura na gestão das ações relevante (2017-2019)

Estações meteorológicas. Já temos duas estações completas (DAVIS) prontas para instalação no campo, mas precisa de conexões via aérea para trazer os dados na casa mãe e daí para a internet. Vai demorar um dois ou três anos para que os dados sejam corretamente entendidos e ações relevantes corretamente executadas (2017/2019)

Câmeras no packing (e um dia no campo, por que não?). A ideia é colocar câmeras no packing para controle à distância do processo de seleção e empacotamento das frutas… e permitir que os nossos clientes vejam em real time o seu container sendo preparado! Pode parecer pouco, mas a ideia foi muito bem recebida na Holanda!!! (2018/2019)

Processo eletrônico de MIP e controle das operações no campo. Com o uso de tablets ligados à rede de celular, será possível acompanhar as operações no campo em real time ou, no mínimo, obter todas as informações de pulverização ou colheita no final do dia, sem o exercício diário de capturar essas informações no papel e mais tarde transferi-las para o computador. (2017-2020)

Equipar os tratores com GPS e tracking system. Apesar de ser cuidadosos, os motoristas às vezes não pulverizam uma rua, conduzem mais rápido do que recomendado, pulverizam em horas que não deveriam, reportam atividades não completas como feitas, etc. Um tablet ou até um iphone marcaria os trajetos de cada trator, hora, velocidade e outras informações que permitiriam o trabalho ser feito com ainda maior precisão do que hoje (2017/2017)

Irrigação de emergência. Temos muita água pelos riachos perenes que cruzam as lavouras de limão e já criamos um sistema para encher os pulverizadores com água desses riachos: é pouca água (2.000 litros) mas ajuda na eficiência. Um projeto que deverá ser aprovado pela EMBRAPA e os órgãos relevantes governamentais, possibilitará a utilização dessa água a um custo irrisório em períodos de extrema seca, num programa bem estruturado de irrigação emergencial (2018-2021)

Gotejamento em profundidade. Uma nova técnica ainda não explorada no Brasil em lavouras de Limão é o gotejamento subterrâneo (40/50 cm) perto das raízes das plantas. Esse método usa quantidades mínimas de água, facilmente supridas pelos nossos riachos e sem necessidade de autorizações complexas por órgãos estaduais. Consideramos introduzir esse método. o mais rapidamente possível (2017-2018)

Aposta no nosso pessoal

Desde 2010 decidimos de desenvolver pessoas que realmente se dedicam à empresa, no lugar de procurar trabalhadores já ’prontos’. Hoje, temos um time de 13 trabalhadores que já nos acompanham por, pelo menos, 4 anos. Esses serão os nossos líderes e neles nós investiremos no futuro… e saberemos como recompensar essa dedicação à empresa com a própria evolução profissional. Não só: acabamos de abrir a nossa escola para meninos de até 14 anos e para adultos! O time para 2017-20121 está pronto. Só faltam dois elementos novos que iremos procurar ao longo de 2016. Com esses abordo, o projeto 2017-221 estará pronto.