Os negócios secundários de ciclo médio

E agora, os negócios de produtos de ciclo médio:

Eucalipto

Cacau

Açaí

Dendê

Seringa

Os negócios do Eucalipto

Temos 35 hectares plantados e prontos para serem colhidos. Podemos expandir para outros 50 ou 60, sem competir com nenhuma das outras culturas. Existem vários compradores em Valença, mas estamos procurando outros, mais ‘idôneos’. Os preços variam entre R$32 e R$45 por metro cúbico.

The eucalyptus business

Considerando que um hectare produz anualmente, em média, 35 a 50 toneladas, a um preço entre R$3.000 a R$ 5.000 por tonelada e, uma vez cortada a madeira, tudo se renova em 4 a 6 anos… e não tem mão-de-obra…o negócio é só expandir a área plantada!Estamos esperando uma alta maiorno valor do dólar antes de investir fortemente na venda dessa lavoura; e também selecionar os compradores, pois esse negócio sofre a falta de operadores confiáveis.A beleza dessa cultura é que rebrotacada vez que se corta a árvore madura, sem precisar de muita atenção ou adubação ou controle de pestes: ideal para nós.

Os negócios do cacau

Não temos muito cacau, 10 a 15 hectares espalhados em várias áreas da Peralba. Os três hectares perto da casa amarela produziram três toneladas de nozes que vendemos a um preço em torno de R$260 por arroba. Poderíamos fazer mais, mas… o sucesso do limão continua preeminente na nossa cabeça. Também chegamos à conclusão de que essa lavoura faz sentido somente em parceria com a seringa, mas isso é uma opção boa para o futuro da Peralba.

2019! Será o ano em que esse negócio será ressuscitado!

Os negócios do açaí

Plantamos dois hectares como experimento em 2010 perto da casa amarela, e as plantas estão maduras. A aparência das plantas é excelente. Esse é um campo inexplorado. A palma cresce em ambiente muito úmido, perto de córregos, e nós temos inúmeros desses microambientes. Quem sabe se um dia não vamos plantarnos inúmeros e longos córregos da Peralba essa lavoura?… Nesse momento,limitamo-nossomente a aproveitar os sucos de açaí, diretamente da árvore até a mesa, mas um ’expert’ nessa fruta já estimou que poderemos cultivar economicamente essa lavoura sem expandir para novas áreas, em regime de meação com pequenos fazendeiros locais (àlá piaçava), e ainda assim ter um lucro, modesto, mas contínuo. 2019 nos espera!

O negócio do dendê

O dendê vai ser um negócio marginal, como o da piaçava.

O Louro, líder de uma extensa família local, descendente de escravos libertos, é nosso vizinho e pessoa de grande valor,por quem temos grande afeto: trabalhador como poucos, homem de uma palavra só, alegre, com um sorriso que contagia, ele é mais amigo do que parceiro nesse negócio.

As receitas são divididas: metade para o Louro, e o produto é vendido a um comerciante que vem à fazenda e se encarrega de entregar a uma empresa esmagadora em Valença.

Sustenta o Louro, e nos deixa mais um amigo como vizinho.

O negócio da seringa (consorciado com o cacau)

O negócio da seringa será, provavelmente, o próximo plantio de importância para a Peralba.

Essa lavoura tem a seu favor aspectos muito positivos:

A Michelin, fabricante de pneus francesa, com uma fábrica de látex e borracha a 35 km da Peralba, seria cliente garantido: a empresa se comprometeria a comprar toda a nossa produção e nos remuneraria a preços internacionais

A mesma empresa nos venderia, com pagamento a perder de vista, as mudas especialmente selecionadas e adaptadas ao nosso clima, nos forneceria suporte técnico gratuito ao longo doperíodo de plantio até a maturação das seringas, treinaria o nosso pessoal na manutenção dessa cultura e na colheita do soro e forneceria produtos especiais e específicos para combater eventuais pestes. Os nossos custos se limitariam ao de fornecimento de áreas adequadas, de mão-de-obra, detransporte de materiais na fazenda… e só

Considerando que os custos de mão-de-obra continuamsubstancialmente os mesmos (por prudência, reduzimos a presença de mão-de-obra a dois homens/ano por 12 hectares de plantio), as quantidades dos adubos calculados para a seringa não mudam quando utilizadasparas as duas lavouras (8,84% a mais),e o resto praticamente o mesmo, é só adicionar a receita do cacau à da seringa.

Nos próximos anos estaremos suficientemente livres para dar atenção a esse negócio… vai ser bom!

Os bancos de desenvolvimento têm linhas de financiamento especiais para essa cultura, baseadas, exatamente,nas facilidades e suporte fornecidos pela Michelin
Temos uma área degradada no extremo sul da fazenda que já poderia aceitar os primeiros 10 a 20 hectares dessa lavoura; eventuais expansões seriam fáceis dentro das nossasterras ou em fazendas limítrofes, de fácil aquisição. Os técnicos da Michelin já visitaram várias vezes o lugar e aprovaram a sua locação, tipo desolo, níveis pluviométricos, etc., e consideraram o projeto preliminar que apresentamos adequado; certamente, depois de todos esses anos, os agrônomos da Michelin deverão reformular os planos e reavaliar, mas numa visita amigos fazendeiros,que administram um plantio de 500 hectares de seringueira, jános confirmaram que nada mudou e que as facilidades até aumentaram

Se a esses cálculos adicionamos o cacau, que tradicionalmente na zona de Valença (24 km da Peralba) produz entre 50 até 80 arrobas por hectare e é vendido a R$560(ICCO, +/- US$3.100 por tonelada na New York Stock Exchange) por saca de quatro arrobas (60 kg), as entradas se tornam ainda mais atraentes.

Considerando que cada árvore de seringa madura produz 2,2 kg de látexpor ano(produtividade comprovada pela Michelin nessa região), que cada litro é vendido a um preço médio de US$0,17por kg no Rubber Board, Malásia (que se traduz aR$0,70à taxa decâmbio de novembro 2015) e que cada hectare de plantio produz em média 1.350 kg/ano do produto (valores estimados pela experiência Michelin– ver publicação ‘Assessment of growth and yield performance of rubber tree clones of the IAC 500 series’), as contas são fáceisde efetuar: com custos de dois homens/ano por cada 15 hectares, a terra é nossa, tem casa pronta, só recuperar, uma estrada simples para uma Toyota passar, adubos químicos quando precisar (o combate a pragas é custeado pela Michelin)… e pronto: o negócio está feito.

Isso para a seringa.

O cacaué ideal para crescer em regime consorciado com a seringa. Esse fator multiplica por três a receita desse negócio, pois todos os tratos culturais são semelhantes (na prática quase iguais) para as duas árvores, e a mesma mão-de-obra para as duas lavouras