Introdução

OS NOSSOS NEGÓCIOS

Dividimos os negócios da Peralba em dois grupos de atividades, as que:
Atingiram um nível de maturidade empresarial que,comprovadamente, garantam um retorno econômico sólido ou cujo potencial seja de dimensão econômica semelhante ou até maiorque as atuais
Já acumularam experiência suficiente para nos permitir projetar (com alto grau de certeza)condições atraentes de investimentos e de receitas, caso essas culturas sejam retomadas ou ampliadas

O terceiro grupo de atividade pertence à vocação da fazenda, a sua posição geográfica e as oportunidades que o complexo de caraterísticas da propriedade permite: exploração da mata e das suas belezas, a extração controlada de madeiras, a presencia de minerais e produtos para construção. A exploração da mata e das suas belezas serviriam para atingir um mercado especifico de amantes da natureza: o projeto do eco resort que foi desenvolvido amadoramente em 2006/7, mas que foi abandonado pelos investimentos na agricultura. Uma reformulação do seu potencial e um redesenho da possível oferta em uma forma bem mais adequada às realidades atuais, poderia ressurgir com parceiros certos e investimentos bem estruturados (ver as seções de ‘O nosso ecossistema’ e ‘O projeto de ecoturismo’, nesse sito).

O terceiro aspecto que pode ser explorado com grandes margens de lucratividade seria a extração de areia, pedras e brita. Com o projeto da ponte entre Salvador e Itaparica e a construção do novo aeroporto no condado de Jaguaribe, esses dois produtos se tornariam de grande utilidade, de importância vital na verdade.

A fazenda tem grandes quantidades de ambos que poderiam ser explorados com facilidade e retornos interessantes.

Todos esses aspectos estão considerados nos nossos planos e podem ser resumido graficamente na seguinte maneira:

Na prática, o primeiro grupo de atividades se resume às duas plantações mais importantes da Peralba, onde o limão tem volumes de negócio na ordem de 86% e o café em 9%. Mas a nossa presencia na área instigou vários pequenos cultivadores em plantar limão! Só para mencionar alguns, um empreendedor de Santo Antônio de Jesus está plantando 50 hectares de limas a 1km da nossa plantação; 10 hectares na propriedade de um fazendeiro de gado já foram plantados 5 anos atrás e nós compramos regularmente fruta dele; cinco pequenos produtores plantaram pequenas áreas de 1 a 3 hectares que em 2016 iniciarão produzir.

A exploração da madeira de lei pode ser feita dentro de regras bem definidas pelo governo Brasileiro. Esse é um capitulo novo, instigado por pessoas que conhecem esse assunto e que pode se tornar um negócio em sim se corretamente conduzido (ver exemplo da nossa plantação de Pão Brasil).

Mas um aspecto muito interessante que nós foi apresentado pela empresa que desenhou o projeto da expansão de Salvador em Itaparica, o assim chamado projeto da ponte e do novo aeroporto internacional, é a necessidade futura de grandes volumes de agua e de energia: e na opinião dos pesquisadores que visitaram minuciosamente as nossas terras, a Peralba tem ambas em boa quantidade

Cabe aqui uma reflexão importante: a nossa prioridade é e sempre foi a de proteger a Mata Atlântica para o futuro. Uma análise mais cautelosa dos negócios da AROS HOLDING poderá revelar limites à expansão das novas culturas e atividades, pois eventuais expansões correm o risco de reduzir a níveis desconfortáveis a aproximação das lavouras e de projetos à floresta. Esse é um assunto que nos inibiu a adotar certas culturas e nós engajarmos em atividades industriais, na dúvida se eventuais produtos tóxicos usados ou a mera presencia de humanos, pudessem acabar agredindo as matas.

E todos esses novos entrantes são assessorados por nós com o fim de transferir conhecimentos e ajudar os novos produtores nas suas lavouras, mas também, se não principalmente, para nós garantir que o fornecimento dessa fruta seja da qualidade necessária para exportação. Em particular, para nós garantirmos que não sejam usados produtos proibidos ou em quantidades erradas ou em períodos dentro da carência: dessa forma podemos ter a certeza de receber fruta não contaminada e com níveis bem abaixo dos do MRL (Maximum Residual Level, nível máximo de resíduos).

Em suma, nos próximo cinco a dez anos, Jaguaripe estará no mapa com uma produção substancial dessa fruta… que nós pretendemos utilizar para exportação aproveitando da presencia na área do nosso packing house.

O segundo grupo, refere-se a plantio de lavouras atualmente pequenos (aproximadamente 4% dos retornos atuais), mas ainda se concentram em culturas agrícolas nas quais acumulamos um nível de experiência que nos permite projetar custos e receitas com um alto grau de confiabilidade. Adicionalmente, essas oportunidades envolveriam dois aspectos importantes: a qualidade da liderança no campo (inclusive conhecimento e experiência em cada lavoura) e a energia de atuação mercadológica (entendimento das características dos vários mercados e os fatores críticos para o sucesso das vendas). O aspecto intrinsecamente favorável é que, em todos esses produtos, o nível de investimento é baixo.

Um aspecto ainda não potencializado é a sequestração de carbôno (via banco de credito de carbono) e a alocação de mata legal. A demanda para sequestrar carbônio está aumentando e muitas empresas nos pediram de reverter seções da mata para esse fim. E finalmente fomos surpreendidos por um mercado nascente: o das matas legal. Muitos proprietários de terra cortaram todas as matas nas suas fazendas. Com a nova lei que resa que cada fazendeiro tenha não menos de 20% da extensão da sua propriedade em mata, a chamada Mata Legal, a procura para esse tipo de propriedade se tornou frenética. Pedaços podem ser arrendados a fazendeiros que necessitam dessa área verde.

O rio Tiriri pode suprir quase totalmente as necessidades de agua potável para o aeroporto, enquanto uma represa poderia suprir 22% das necessidades de energia desse projeto. Bom saber disso.

Entre as lavouras, o caso da banana é clássico. Sem entrar em maiores detalhes, é suficiente dizer que os defensivos agrícolas necessários para uma plantação economicamente viável, são de um tipo e consistência que podem ser transportados até por uma leve brisa. A solução que nós consideramos foi adquirir áreas limítrofes, dependendo da lavoura ou do uso dessas terras. Por isso, já mapeamos as terras que podem ser facilmente (e economicamente) adquiridas. É só saber qual o uso dessas áreas: ao norte, seriam terras eminentemente dedicadas a lavouras, enquanto ao sul, seriam áreas principalmente de floresta, onde novas trilhas e tirolesas poderiam atrair visitantes (para sua informação, a Bahia é visitada anualmente por 5 milhões de turistas).

Preocupações semelhantes nortearam as nossas decisões quando contemplamos novas atividades como a criação de pedreiras para brita, por exemplo. O potencial econômico existe é muitos empreendedores já nos conscientizaram sobre esses assuntos, mas se alguma coisa acontecer nessas frentes, será feito com o máximo cuidado e respeito para a nossa mata.

Mas foco atual está nas plantações de limão e de café, e por isso os capítulos a seguir desenvolverão alguns desses aspectos, nas seções de:

  • O limão
  • O café
  • O ecoturismo
  • Culturas de ciclo curto
  • Culturas de ciclo médio
  • Esses dois últimos pontos se referem aos que chamamos de ‘os nossos negócios secundários’.

Esses são as culturas de:

Maiores esclarecimentos sobre os aspectos de mineração serão desenvolvidos se e quando oportuno: o futuro próximo nós dirá o que fazer com toda essa abundância de ideias e oportunidades.