A Peralba Itália

Colocada num plateau de quase 250 hectares, a Peralba Itália é dividida em numerosas quadras e reflete as experimentações iniciais com essa lavoura.

Poda de correção. Em 2015 iniciamos um programa de poda apical e de saia nas árvores mais frondosas. Pretendemos continuar esse processo cuidadosamente ao longo da 2016, quando o tempo permitir e onde for mais desejável. Em 2017, a poda se estenderá a todo o pomar para encurtar os ramos do tronco, e assim aumentar o número de ramos frutíferos. A expectativa é que em 2016 ocorrerá uma pequena queda de produção, mas em 2017 essa parte da fazenda aumentará a sua produtividadeno mínimo entre 20% a 30%, somente pela poda -de acordo com o nosso consultor internacionalTheodorus Antonius Johannes Daamen, (Theo).

Estradas internas de fácil acesso cruzam essa parte da plantação, facilitando também o escoamento da produção. Com plantas já com oito anos de vida, atingimos produtividade por hectare acima de 30 toneladas!

Gotejamento subterrâneo. Não tem experiência no uso dessa técnica aplicada ao limão no Brasil, mas os nossos consultores concordam da sua eficácia. Inclusive o nosso gerente geral e CEO, o Wilson, que com 40 anos de experiência em limão concluiu que a adoção dessa técnica poderá transformar o nosso manejo da plantação e aumentar substancialmente a nossa produtividade (30% foi considerado como o mínimo — e se acontecer outra estiagem braba, as nossas plantas poderão nem sentir qualquer efeito negativo e continuar produzindo a pleno ritmo!)

Tivemos também o cuidado em manter e melhorar substancialmente esses níveis, das atuais 33,2 toneladas por hectare para acima de 40 toneladas por hectare.

Como pretendemos atingir tal façanha? Com melhorias no manejo da plantação, adições cuidadosas de infraestrutura e uma melhor gestão do campo:

Instrumentos eletrônicos. Com a volta do nosso agrônomo da casa, o Dr. Paulo Reis, torna-se adequado reintroduzir métodos de computação que foram colocados de lado, quando do imperativo de expandir a qualquer custo. Iremos introduzir técnicas de agricultura de precisão com drones, estações meteorológicas, links entre campo e packing, detecção automatizada de pragas, e adoção de sistema de controle de produção nas nuvens

Um aspecto que raramente é considerado em lavouras desse tipo é o da replanta. Para nós isso é um elemento vital que impacta e vai determinar a nossa sobrevivência a longo prazo, bem depois do 2021!!!
Ao longo dos anos plantas morrem e deixam ‘buracos’ no pomar que se tornam custoso quando se considera o desperdiço de produtos caros nas pulverizações por plantas que mortas, morrendo ou até já erradicadas… além da sensação de quebra de harmonia da obra. A experiência indica que entre 3% a 5% das plantas que superam os 6 anos de vida morrem de causas naturais. Isso é normal, esperado, estudado, pesquisado… mas raramente considerado nos planos e no valor de uma plantação.
Com uma visão bem maior do que 15 anos, desde 2013 nós nos engajamos num programa estruturado de replanta.

Esse é num processo constante de reposição de arvores com mudas novas selecionadas: por exemplo, somente em 2013 plantamos 4800 mudas com uma densidade de 7m X 2m ou 6.42% do total da área, quase exclusivamente na Peralba Itália. Isso deve-se principalmente à forma inicial do plantio, onde enterramos mudas em buracos de 40cm escavados por pelo trator. Ignorância nossa, pois na época essa era a maneira tradicional de plantios de limão.
Com a vinda do nosso CEO Wilson, a forma de plantar limão mudou profundamente e hoje, em 2015, repomos 6000 mudas para a plantação toda (sempre com densidade de 7m X 2m ou 4.78% do total de plantas de limão) … e se a Peralba Sucupira vingar, como aparentemente está vingando, poderemos reduzir esses custos a um máximo de 3000/3500 replantas por ano (2.40% à 2.80%). Mas veremos no futuro o que vai dar. No momento planejamos 6000 novas mudas por ano à um custo não indiferente por cada muda!