A escolha de investir em limões, não foi casual: estatísticas foram cuidadosamente analisadas, os vários elos da cadeia de valor identificados, exportamos containers comprados de terceiros para verificar as dificuldades de importação e distribuição na Holanda e na Itália, fizemos o nosso dever de casa antes de nos comprometemos com qualquer investimento de porte: a série histórica anunciava um crescimentos constante nos últimos 15 anos (3%), enquanto as projeções futuras de consumo nunca foram avaliadas em menos de 6% para os 5 anos no futuro.

As últimas estatísticas confiáveis que temos (Eurostat Comext, 2013-2014) confirmam que as importações de limões frescos no mercado Europeu estão aumentando rapidamente. Em 2013, mais de 111.000 toneladas de limes entrou para o mercado da UE. Entre 2009 e 2014, o mercado para limões frescos aumentou mais de 50%. Aparentemente insensível a crises econômicas, o mercado europeu para limões frescos deverá continuar a crescer. Isto é devido à crescente popularidade de limes nas indústrias cosméticas e farmacêuticas e aos consumidores em relação a limes como uma fruta regular ao invés de uma fruta tropical, exótica.

A importação de limes para a UE, originária de países terceiros, foram cerca de 128 milhões de euros em 2013, dos quais 126 milhões de euros de DCs. Entre 2009 e 2013, o valor total das importações do limes do DC e outros países cresceu 90%.

Quase todos os limões frescos importados para o mercado europeu em 2013 originaram-se no Brasil (63 mil toneladas) e México (44 mil toneladas em 2013). Juntos eles representam mais de 95% do volume importado.

A Holanda é que o principal importador de limões frescos na Europa, com 46% das importações totais da UE. A maior parte de limes importados é reexportado da Holanda para outros países da Europa. Metade vai para a Alemanha. Também o Reino Unido, França, Espanha e Suécia são países importantes, onde o limão é importado da Holanda.

A variedade brasileira (sem sementes) é favorecida na Europa sobre o limão que contém sementes no fruto, e tem um gosto mais amargo.

Além disso, os analistas afirmaram na época, e os anos seguintes confirmaram, a inexistência de qualquer marca que dominasse o mercado; ao mesmo tempo, recomendavam a novos entrantes estabelecer uma marca própria, baseada na qualidade como elemento competitivo favorável.
Acreditamos nisso e, em 2009, quando fomos apresentados pelo nosso futuro parceiro na Holanda, a Van Rhijn (empresa de mais 150 anos nesse ramo de atividades), nos convencemos que o negócio não só seria viável, mas poderia ser muito atraente, se fôssemos capazes de trabalhar em todos os elos da cadeia e atingir a qualidade pedida: de 2009 até 2013 foi uma parceria vencedora! Em 2011 a VRT decidiu participar no financiamento da construção do nosso packing house, nitidamente um dos melhores no Brasil para limão na época.
Em 2013, depois de várias visitas de diferentes gerentes da empresa holandesa (o diretor de qualidade, o diretor de vendas e um técnico em MRL inspecionaram a plantação e o Packing House, pelos menos duas vezes cada) e meses de trabalho para corrigir e refinar os nossos métodos e práticas, atingimos um nível de qualidade onde a Van Rhijn se declarou satisfeita: como consequência, ela nós abriu as portas para competir, e eventualmente conquistar, espaços nas prateleiras de vários supermercados alemães e suíços… as coisas estavam indo bem.

Mas como sempre, o diabo colocou a coa dele quando, em 2013, o nosso parceiro de muitos anos foi comprado por operadores chineses sem nenhum interesse para limes e para o Brasil. Alguns meses depois, a empresa fechou!
Mas o diabo não fez as coisas perfeitas, pois alguns traders parceiros da Van Rhijn nos chamaram e ofereceram continuarmos a suprir os clientes da VRT. Isso foi… bom.

Além disso, essa foi uma demonstração de confiança e compensou todos os investimentos e as lutas que tivemos para produzir fruta de primeira classe, as noites e fins-de-semana trabalhando duro para garantir que as entregas chegassem no tempo certo, os cuidados – beirando em paranoia – para satisfazer expectativas do nosso cliente, que pareciam sempre aumentar, sempre pedindo mais, mas sempre atuante junto conosco…

E agora temos dois traders como nossos clientes. E a relação é excelente. E pretendemos continuar e fortalecê-la ainda mais.

Em 2016 abriremos a AROS TRADING CO. com um nosso representante abrindo novos mercados, via outras empresas de trading em Rotterdam. Em dois anos, entregamos mais de 60 containers a dois dos mais respeitados traders de fruta na Holanda: Verdi e NICO.

E o processo de abrir a filial da AROS AGRICOLA na Holanda iniciou! Já anda procuramos o escritório e achamos um bem na beira das docas no antigo porto onde originariamente, a centenas de anos, atracavam navios de frutas em Rotterdam. E o nosso Gerente de Vendas, Mathijas, foi promovido a Gerente Geral da AROS TRADING CO.!