A do mamão é uma cultura muito lucrativa se operada em escala adequada. No nosso caso foi um experimento bem-sucedido em consórcio com a plantação inicial de limão: os adubos foliares e as pulverizações contra pragas são as mesmas recomendadas para as plantas de mamão. E isso pode ser feito ao longo de dois, máximo três anos do plantio das mudas de limão.
Depois desse período, a medida que as plantas iniciam produzir fruta em quantidade econômica, é difícil se não impossível sincronizar pulverizações para uma lavoura em momentos onde a outra não pode ou não deve receber os produtos. E quando tiver colheitas, as vezes não é possível pulverizar por até um mês antes. Isso se torna proibitivo para um manejo correto dessa cultura.

E por isso fomos foçados a interromper essa prática, MAS… um hectare de mamão dos tipos e qualidade aceitos nos mercados nas redondezas e de Salvador, produz até 160 toneladas por hectares dessa fruta! Considerando que um kg de melancia vende entre R$0.38 e R$1.12 por kg, com uma média de R$0.60 é fácil ver que pode dar bons retornos (ou extraordinários se a colheita coincide num período de alta).

A cada ano, com cada plantio novo, o impulso surge em operar dessa forma, mas evitamos essa pratica em 2014 na Peralba Sucupira para nós focarmos no limão e não nos distrairmos com essas atividades adicionais, MAS… em momentos mais ‘tranquilos, essa cultura será reintroduzida prioritariamente. Nós esperemos em 2018: já olhamos várias áreas que poderão se alocadas a essa cultura e se o momento for propício, poderemos expandir em uma fazenda vizinha…

A oportunidade mais atraente dessa lavoura resida na exportação. As experimentações que fizemos em 2008-20011 deram excelentes resultados e se tivéssemos tido um mercado local para desaguar a produção de qualidade inferior para exportação, provavelmente estaríamos trabalhando também com esses produtos. E não só isso: poderíamos entrar no mercado USA! Os preços seriam muito atraentes para um produtor de meloas de qualidade.

Tivemos que nós disciplinar para não cair nessas tentações e por isso paramos com essas práticas.
E foi uma decisão dura, pois os resultados das vendas de melancias confirmaram a atratividade dessa lavoura: cada hectare produziu 80 toneladas por hectare e poderia ter sido bem mais se a lavoura tivesse sido acudida só para maximizar a produção dessa fruta: o nosso Dr. Wilson queria chegar às 80/100 toneladas por hectare… e até falou de 140! Mas ficou evidente que com as políticas de controle de custos e foco no limão como nosso carro chefe, se engajar como deveria ser numa lavoura como essa, nós distraíramos do nosso foco.

Por exemplo, uma caixinha de 7 a 10 bushels de Melogold de primeira qualidade pegaria entre US$23 e US$25 (8 bushels novembro de 2015). Ao cambio atual são R$100.00 a R$110.00.

No mercado europeu, o Brasilian Queztali, um produto semelhante, pegaria entre €0.75 a €0.85 por Kg (semana 41), ou a um preço equivalente em US$ de US$32, ou aproximadamente R$140.00. O custo para esse volume de mercadoria (50% a 65% de utilização, venda do restante no mercado local) não superaria os R$12.00 a um máximo de R$15.00 no porto.

É fácil fazer a matemática desse produto. Uma área de 25 a 30 hectares produziria entre 60 a 80 toneladas dessa fruta por hectare = uma área relativamente pequena pode ser muito lucrativa.

E sabemos como trabalhar essa lavoura. E os defensivos são os mesmos do limão. E… etc. etc. Estamos de olho… gordo…

Esse negócio é simples, pois o Seu Josias se encarrega de nós chamar quando da negociação com compradores que perambulam na região procurando esse produto. Em 2014 foram produzidas 40 toneladas desse produto.
A piaçava é comercializada entre R$40 e R$80 por arroba. Não é grande coisa, mas estamos satisfeitos: esse negócio dá trabalho para 20 a 30 mulheres que não teriam nada mais a fazer e deixa o Seu Josias com um a boa entrada… que te, de dividir também com os colhedores, os transportadores e os batedores, um 12 a 14 homens, cada especialista em cada tarefa, especialização que se tramando à centenas de anos nesse lugar.

Dizemos que esse negócio permite-nos manter uma boa relação com toda a comunidade de Camassandí, pagas as contas e nos deixa com um pequeno lucro para repassar aos trabalhadores mais ativos e conscientes.

Mencionamos aqui o negócio de flores ornamentais pois o experimento conduzido pelo Dr. Gardner foi extremamente bem-sucedido pois a produtividades que ele obteve, além da raridade do tipo de flor cultivada, é, nas palavras dele, “por que esse é simplesmente o habitat natural dessas espécies???.