O período da consolidação

O período da consolidação : 2011-2016

2011
O ano iniciou bem, e foi bom mesmo com excesso de chuvas.
O packing ficou pronto em fevereiro já para o primeiro container.

Para o campo, foram comprados dois pulverizadores, dois tratores, roçadeiras, carretas, caminhão, caminhonete e motos, etc.

Contratamos um Mecânico para garantir 100% disponibilidade dos meios de produção, um Gerente do Packing com ampla experiência em packing houses. Ao longo do ano 2.820 mm superior à média anual de outros anos de 1800 a 2.200 mm. Mesmo assim fizemos 28 containers à VRT (Von R….T….).

O mais importante, foi a confirmação da estratégia de ter uma plantação pequena e usar os mais de 12.000 hectares de limão plantado na região de Cruz e Mangabeira: com custos fixos extremamente baixos, nos foi possível passar esse período com segurança e sem grandes traumas.

O esforço de ter um packing funcionando pela primeira vez, com uma mão-de-obra sem preparo, foi muito grande e isso não deixou espaço para pensarmos no projeto eco cultural Peralba, essa ideia sempre ficou conosco.
Desde quando descobrimos as belezas do lugar, sempre pensamos de poder compartilhá-las com o mundo, dentro de um programa cuidadoso que preservasse a natureza.
Mas os imperativos do negócio, acoplados aos compromissos com nossa parceira, a Van Rhjin, nos fez focar e desenvolver a empresa AROS AGRICOLA (Fazenda Peralba).

2012

Foi marcado por uma seca na região de Cruz das Almas que dizimou as plantações, a seca reduziu em 50% os pomares.
A nossa plantação foi muito pouco afetada pela seca pois as plantas de limas são extremamente resistentes a situações climáticas extremas, sejam essas de seca ou de excesso de chuva: o nosso microclima é abençoado e nesse ano recebemos 1484mm de chuvas, mais que suficiente para uma boa colheita. Mas o impacto em Cruz e Mangabeira foi imenso e a consequente devastação das lavouras de limão (por partes dos pequenos agricultores que literalmente erradicaram as plantas para plantar outras lavouras mais resistentes a falta de agua) impactou a nossa estratégia de comprar limão dessa região e manter a nossa área de pequeno porte.

Aliada à essa quebra de safra, entramos em uma guerra de preço com os atacadistas de Cruz das Almas, pois com umaoferta mais 50% inferior do que a demanda, inviabilizou economicamente o nosso programa de exportação.

Tivemos de encarar que a nossa estratégia de ter uma fazenda pequena e comprar fruta desses terceiros era inviável.

Depois de inúmeras análises, discussões e modelagens decidimos ser independentes de terceiros. A seca não nos atingiu de forma tão rigorosa: no nosso microclima, a brisa do oceano traz cada noite humidade e de manhã as folhas ficam molhadas. Bem poucas plantas morreram (<1.0%) e rapidamente foram substituídas.
Tivemos de decidir de nos tornarmos autossuficientes. E para isso, para atender às demandas dos nossos clientes, teríamos de ser quatro vezes maiores (o que aconteceu somente em 2014, quando nos tornamos a maior plantação de limão em regime de sequeiro no estado da Bahia).
E tudo isso aconteceu muito rapidamente!!!

Nosso Gerente, com uma ampla experiência em fazer grandes plantios, nos conduziu no processo e, nesse ano mesmo, com a volta das chuvas, plantamos como nunca! Não hesitamos um instante!

Aumentar a plantação foi relativamente fácil, pois tínhamos as terras disponíveis, mas profissionalizar o time foi o desafio; gerencialmente tivemos que agir simultaneamente em quatro frentes:

  • Controle rigoroso de pragas e doenças
  • Nutrição do pomar através de adubações orgânicas, químicas e pulverizações, respondendo às necessidades apontadas pelas análises foliares e de solo
  • Introdução de práticas agrícolas do GlobalGap
  • Conquista de novos mercados

Foi um ano de muitas lutas. Mesmo assim conseguimos exportar 26 containers para a Holanda. Sobrevivemos economicamente, pois os preços do limão e café dispararam, mas com uma perda de fornecimento de limão de quase 40%, foi uma difícil suprir as necessidades da VRT: ainda assim, fomos capazes de respeitar 78% do que foi contratado com os holandeses.

Compramos e plantamos 60 mil mudas em um mês! O Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia- Desenbahia, acreditou no projeto e nos ajudou: plantamos 55 hectares na Peralba Rio e Nova Rio em 35 dias. Não só: replantamos mudas nas áreas da Peralba Itália dentro da política de manutenção do stand. As chuvas voltaram, El Nino evidentemente tinha passado, e agora era somente esperar as mudas crescerem.

Essa expansão do limão foi feita em áreas de pastagens, reduzindo a área de comida para o gado. Com a seca na região, alugar pastos ficou caro e difícil. O preço da arroba do boi caiu pelo aumento da oferta e queda da qualidade, devido à seca.

O café arábica foi mais sensível às altas temperaturas, o que nos levou a perder alguns hectares dessa espécie.
A de melancia veio bonita… plantamos cinco hectares…
Cada essa experiência, nos tornávamos mais competentes para administrar as dificuldades e aprender com elas.
Mão na massa!

2013 e 2014

Mandamos 38 containers para a Holanda.
Os plantios das Peralba Rio e a Nova Rio cresciam bonitos. Nesse ano, iniciamos um programa de replantio nos pomares, repondo a taxa natural de perda de um pomar, foram 12.000 mudas colocadas na Itália, na Peralba Rio e na Nova Rio.

As notícias de Cruz das Almas não foram boas. Lá tiveram um outro ano desastroso, o que confirmou a validez do nosso enfoque. Mas as chuvas na nossa área voltaram a um patamar de 1.800 mm e para nós foi bom: tivemos sorte de ter plantado num momento favorável ao nosso microclima.
O café também vingou e colhemos 880 sacas naquele ano!

2015

E a Peralba Rio e Nova Rio demonstraram a nova vitalidade da plantação e iniciaram a produzir no segundo ano, pouco, mas para nós foi um sinal muito positivo! E para coroar tudo, foram exportados 44 containers, todos com a nossa fruta. E não paramos de expandir!! Colocamos no chão mais 35.634 mudas na Peralba Sucupira em regime superadensado: isso significa que dobraremos a produtividade por hectare e devemos chegar à nossa meta de NÃO MENOS de 45 tonelada por hectare (e no superadensado 67+).
E finalmente, em setembro iniciamos os processos para abrir a AROS TRADING CO com o nosso representante holandês: assim estaremos presentes agora em todos os elos da cadeia.
O futuro é nosso!!

2015 Foi um ano bom, muito bom!!
As práticas agrícolas do MEP (Manejo Ecológico de Pragas) finalmente foram incorporadas pelo nosso time.

As atuações para o controle de doenças e pragas foram mais rápidas e pontuais, evitando desperdício de pulverizar toda a área sem necessidade, isso impacta nos custos, e na qualidade dos frutos. Investimos em treinamento da equipe e na formação dos “Inspetores de Pragas e Doenças