Rios e córregos de Peralba

Os riosda Peralba

Peralba é abençoada com inúmeros rios e nascentes perenes.
Situado nas primeiras pedras da plataforma continental, Peralbais abunda com água durante todo o ano. Nunca ficamos sem água. Este é um bom presságio, de fato um presente dourado dos céus, como até o dia em que não precisamos de uma necessidade real de irrigação. (bem, além de 2012-13, quando o El Niño nos atingiu fortemente). Por essa razão, em 2017, iremos apresentar um esquema de irrigação de fermento de emergência, para não pegar de novo novamente.

O rio mais largo dos rios é o Rio da Dona. Temos apenas uma milha de este rio, mas é imenso, particularmente durante a estação chuvosa, quando o fluxo de água se expande dez vezes.
O mais importante ou íntimo, para nós, é o Tirirí. Ele atravessa a maior parte da fazenda de norte a sul nos limites ocidentais da propriedade. A origem do seu nome refere-se a uma deidade iorubá, Exu, mais tarde reencarnada como uma divindade do Candomblé: de Esu na Nigéria a EXú no Brasil, esta deidade, isso ‘orixá’ foi transformado do criador do mundo para a divindade que traz comunicação, paciência, ordem e disciplina https://en.wikipedia.org/wiki/Eshu e https://pt.wikipedia.org/wiki/Exu_(orix%C3%A1). Para nós traz água pura. Os Tiririis nascidos a poucos quilômetros de nossa terra e não atravessam nenhuma cidade ou vila. Chega ao oceano depois de alimentar suas águas aos nossos pântanos.
É uma espécie de medula espinhal que também sustenta a Mata Atlântica Oeste e recebe a água de outros dois rios que começam em nossa fazenda: o rio Sucupira e o rio Urubu
No lado norte, temos o nosso riacho (um fluxo perene de tamanho menor) Peralba, nascido de dois poços nos limites superiores da fazenda e alimentando as plantações de limões e café.
Na PeralbaAtlanticaLeste, o riachoPeralbaOceano nasce e alimenta os pântanos criando uma mini bússola ‘laguncularial’ e ‘avicannia’. Há o PeralbaPort, que nos dá acesso a quase 120kmof de pântanos e manguezais e estuários imensos.
Cada rio é descrito em mais detalhes:
O Tirirí, suas corredeiras e suas cachoeiras
O Rio da Dona
TheriachoSucupira (ouMãe Bernarda)
TheriachoJacarandá e a cachoeira de Urubu
O riachoPeralbaand a lagoa do Jacaré (Alligator)
TheriachoOceano

O Rio Tirirí, as cataratas e a cachoeiras

O rio Titirinascefora da Peralba, 12 km adentro, num minadouro lindo circundado de árvores e protegido por um fazendeiro sensível à ecologia. Nos meses chuvosos, o rio tem uma vazão de quase 30 m3 por segundo enquanto na estação de seca, a passagem da água gira em torno de 5 a 7 m3.Esses volumes enchem nossas cataratas e as cachoeiras com efeitos mágicos e exaltantes: no meio da mata mais fechada, o rio corre livre e tortuoso. No verão o fluxo é menor, mas ainda assim dá para apreciar as quedas d’água e as piscinas naturais que constelam o seu percurso na Peralba.

O rio Tirirí entra na parte oeste da Peralba e inicia a caminhada nas nossas terras com quase dois km de corredeiras, imponentes no período de cheia. Ao lado dessas correntezas existem váriasplataformas onde costumávamos sentar,meditar e desfrutar o barulho daságuas.

Mais adiante o Tirirí se torna um espetáculo da natureza: ainda debaixo de árvores majestosas, a água se transforma em um turbilhão de energia pura ao cair de três imensas cachoeiras (imensas para nós que visitamos esse lugar com o se fosse um templo mágico, medindo de 34 a 42 metros de largura em certos pontos), tão grandes e imensas (para nós) que às vezes é preciso intervir para salvar a donzela da turbulência e vitalidade do lugar!

A natureza aqui está no seu auge. Um caminho bem estreito leva ao vale paraíso, antes servido por uma ponte que deixamos ser destruída para dificultar eventuais visitantes.

Daqui em diante, o rio toma um fluxosuave, até que deságua nos mangues do outro lado da BA001.

E lá, nesse vale, um dia construiremos… seráincrível!

E as piscinas entre quedas d´água!

O rio da Dona

No seu extremo norte, a Peralba é limitada pelo Rio da Dona. Esse rio, quase 150 km de cumprimento, nasce bem longe e banha várias cidades do interior, inclusive Santo Antônio, onde tem até uma represa que abastece a cidade, quase 50 km de Santo Antônio, o rio encontra a Peralba.

A beira com a fazenda é relativamente curta, cerca de2 km, mas a beleza e a imponência desse rio já se manifestam. Seis km mais adiante, depois de passar por São Bernardo, o rio alimenta os manguezais antes de se tornar um rio imenso, de quase 1 km de largura.

Por ser um rio perene, ele traz um conforto muito grande para muita gente, desde os habitantes da cidade, aos fazendeiros de gado amonte da Peralba e a variadas colônias de pescadores em nosso vale.

Para nós é um lugar ideal quando consideramos aspectos de irrigação: a vazão nesse ponto é muito grande e não tem usuários depois de nós. Especialistas que contatamos já nos asseguraram da facilidade para obter permissão de uso da água do Rio da Dona paraagricultura. Mas isso no futuro.
No trecho onde o rio banha as nossas terras, há uma casa que também no futuro poderá ser transformada em moradia para os que queiram meditar no frísio aconchegante do rio da Dona.
Mas o rio não acaba ao dar as duas maravilhas! Depois de São Bernardo, ele alimenta uma planície de quase 120 km2 de mangues, expande-se num rio de mais de um km de largura antes de desaguar no oceano, logo depois de Jaguaripe. Que rio bonito!!!
E lá, onde o rio se torna mar, pode-se praticar a pesca do Robalo!Quem conhece, sabe da incrível oportunidade dessa atividade esportiva!!

O riacho Sucupira (ou Mãe Bernarda)

O riacho Sucupira se inicia em dois minadouros protegi… díssimos na plantação de limão da Peralba Sucupira. Essa é uma das joias da Peralba!

O seu percurso é totalmente inserido na Peralba Atlântica Sucupira e na Atlântica Oeste da fazenda e deságua na última piscina natural do Tirirí, depois das cachoeiras.

Tem aproximadamente 8 kmde extensão, com inúmeras cachoeiras menores, passagens entre colônias de jacarandás e moinhos, pequenas represas naturais onde bem poucas pessoas passaram (e quase ninguém nos últimos 10 anos!), entra no vale Paraiso por uma queda de quase 12 metros: um paraíso no Paraiso! E bem no início desse riacho, no lado ALTO, um pouco acima da Peralba Atlântica Sucupira, encontramos os vestígios do quilombola da Mãe Bernarda, uma curandeira que hospedava escravos fugidos dos cruéis capitães-do-matoe cuja

forte personalidade e ações corajosas que tomou em momentos difíceis daquela época no Brasil, gerou uma lenda local onde… mas isso é outra história…

O riacho Jacarandá e a cachoeira do Urubu

A segunda joia ainda escondida e velada ao mundo é o riacho Jacarandá e a cachoeira do Urubu.

O riacho nasce a uns dois km da Peralba e atravessa a Peralba Atlântica Jacarandá de oeste paraleste, quando deságua no rio Tirirí.

Em todo o seu percurso a mata é densa, densíssima: mal dá para seguir a pé o seu curso.
A dois km do Tirirí, uma queda de cerca de 60 metros quase verticais cria uma fantasmagórica cachoeira acompanhada por árvores centenárias nos dois lados, com uma pequena lagoa aos seus pés.

O acesso é muito difícil, íngreme e desconfortável… de propósito: apesar dos pedidos, em 2005, de não deixar lixo ou cortar e danificar árvores e até de não pescar, muitos visitantes abriram uma trilha na mata para chegar a essa beleza recôndita… e deixar, literalmente, toneladas de dejetos. Com a queda de uma ponte (espontaneamente, por velhice, que já era periclitante quando nós adquirimos essas terras) o fluxo tornou-se ainda mais difícil e… não construímos nenhuma outra trilha para chegar à cachoeira.

Assim esse lugar é exatamente como sempre foi: pristino, imaculado e … lindo!

O Riacho Peralba e a lagoa do Jacaré

O riacho Peralba é todo nosso! Ele nasce em dois minadouros na Peralba Nova Rio e um dos afluentes forma uma lagoa artificial infortunadamente vazia, mas de fácil reativação: só fechar a barragem e em pouco tempo teremos uma lagoa de mais 1 km de comprimento por 200 metros de largura, bem dentro das nossas terras.

O Riacho Peralba nasce com220 metros, passa ao longo das plantações delimão na Peralba Itália(não usamos nem uma gota dessa água para as culturas) e desce o vale com inúmeras cachoeiras e pequenas lagoas, quase 50, passando perto da casa amarela, onde há outra pequena represa. Em todo seu percurso, o riacho Peralba é cercado da mata Atlântica original, com cerca de 30 metros do espelho d’água nos pontos mais próximos dos cultivos.

O percurso é ainda selvagem e o mantemos assim para o futuro projeto de ecoturismo.

Várias pequenas lagoas pontuam o percurso desse riacho; a mais bonita é a do Jacaré, onde vivia um casal desses animais até que um dia, um caçador idiota penetrou nas nossas terras e matou os dois. Foi a primeira e a última matança que tivemos na Peralba, e certamente a última por aquele idiota. O nosso mensageiro se encarregou de informá-lo disso!

O riacho Oceano

Esse riacho é quase inexplorado pois o acesso é muito dificultado por ser encaixado em um vale estreito com encostas íngremes e escorregadias.

Nós fomosapenas uma vez em todos esses anos e tiramos somente essa foto num dia bastante chuvoso.

A importância desse riacho para nós deriva do fato de desaguar perto do porto da Peralba Oceano e alimentar um longo percurso navegável através dos mangues: é por aqui que o Coronel Vianna recebia asmercadorias que depois vendia no interior, passando pela nossa mata, e despachava por barcos a madeira para Salvador, usada principalmente na construçãocivil da cidade. A casa dele ainda está de pé e estamospensando de restaurá-la, exatamente nos moldes originais.